Rufus: quase humano.
Things Found In My Pocket...
Frases, palavras, pequenos fragmentos de nada…
Por que tais detalhes me fascinam, a ponto de inspirar-me, fazendo com que
imagens acústicas, cenas, versos inusuais me venham à mente quase que aos borbotões?
Bill Gable é um músico completo e fantástico, daqueles que, de tão sensíveis e geniais, passam quase despercebidos das demais pessoas...
Sim, pessoal, ele é um completo desconhecido da maioria de vocês.
E mal sabem o que estão perdendo...
Menos mal: vocês podem saber (e ouvir dele...)
aqui.
Trocamos uns e-mails, elogiei-o, ele perguntou se eu era um dos músicos do Clube da Esquina...rss...
E sabem vocês que este americano mora esporadicamente em Ouro Preto? Alguém aí em Ouro Preto sabe de Bill Gable? Alguém aí esbarrou nas tortuosas ruas da antiga Vila Rica com esse ilustre desconhecido, dono de um estilo e uma voz muito semelhantes a Ivan Lins?
Pois descobri a canção abaixo, lindíssima, em seu própiro site, e me deixei levar pela evocação dessa frase...
Things found in my pocket…
Não sei quanto a vocês, mas viajei no ato, como de costume, e resolvi escrever o que me flui à mente agora...
Sim, agora mesmo.
Acreditem.
Coisas que encontro em meus bolsos.
Das coisas que encontro em meus bolsos,
deixo-as saberem de mim,
antes mesmo que delas eu saiba.
Lembranças de um passado próximo,
Ou um presente quiçá longínquo.
Das coisas que encontro em meus bolsos,
muitas falam de mim, e de mim dizem
tanto...
Gotas de brisas,
moedas sem valia,
um bilhete sem assunto
ou destinatário
(acaso eu próprio?),
um papel de bala
de um odor suave e reconfortante,
uma tampa divorciada para sempre
de sua fiel caneta,
uma outra moeda, acabrunhada,
exilada em suas ranhuras,
um anel de alguma noiva
que o tempo resolveu roubar de mim,
mais um pouco de resquícios de um sonho,
um além de entardecer de poesia,
uma aceno de olhares, desejos,
finalmente uma lição que o vazio
(tão só...)
me comunica...
E o que coisas encontradas em meus bolsos
querem me dizer, afinal?
Talvez uma única mensagem dolorosa:
Não se esqueça daqueles que jamais se deixam esquecer de ti...
Uma moeda, um bilhete, uma tampa de caneta,
Um anel lembram alguém,
Porém nunca o trazem de volta...
Meus dedos, minha face, meu semblante,
desde então,
estão agora entre as coisas esquecidas
em meus bolsos...
A promessa, enfim.
O que prometi contar a vocês, que poderia ser considerado interessante — ou não, como diria Caetano Veloso?
Oras, sou (ou fui, sei lá) professor da amada Língua, da última flor do Lácio, inculta e bela, e há momentos em que devemos compartilhar com vocês algumas das milhares de curiosidades que envolvem suas origens, suas particularidades, seus usos, sentidos e costumes...
Por exemplo, vocês sabiam que um lingüista maluco teorizou, certa feita, que existem vogais alegres e outras tristes? Vogais alegres seriam, por exemplo o A e o E, abertos. Tristes, o O e o U, fechados. O I estaria no meio termo, dependendo da situação...
Além disso, o próprio som das palavras é capaz de revelar, subliminarmente, por meio dessa combinação de sons, sentidos e sensações, muito das características positivas ou negativas de um termo ou vocábulo.
E não é que há sentido nisso tudo mesmo? Querem ver como funciona?
Já dei aulas em Brotas e Avaré, duas cidades paulistas pequenas que possuem uma
energia diferente, positiva, um astral ótimo, pessoas bonitas, lugares fantásticos para se conhecer e passear. Quem as conhece pode confirmar isso facilmente...
Ambas as cidades tem nomes sonoros, formados por vogais alegres, sugestivas, positivas.
Agora comparem com Botucatu... Vogais fechadas, um som cavernoso, sinistro... e aquilo ali é um porre, fiquem sabendo... Se algum botucatuense estiver me lendo, que me desculpe, mas ô lugarzinho chato e pedante aquilo tudo ali...
Já Torrinha, Curralinho, Capinzinho, Corguinho... Diminutivos! Quando é que os fundadores de uma pequena cidade, na sua falta de imaginação ou despreparo, imaginariam o desastre que é conferir a suas amadas terrinhas um nome diminutivo???
Que indústria de grande porte resolveria montar uma nova unidade em... Torrinha? Ou Curralinho? O próprio diminutivo demonstra o grau de desânimo da população... (E olhem que conheço Torrinha, aquilo ali é o fim da linha, me desculpem a franqueza...)
Outra falta de criatividade envolve a duplicação de um nome de cidade já existente, interpondo apenas o “nova” ou antepondo “do Sul” ou “do Norte”: Nova Andradina, Nova Odessa, Novo Horizonte do Sul, Guarantã do Norte...
Se as pessoas comuns, que fundam cidades, soubessem da gama infinita e criativa de nomes que compõem nosso idioma, teriam conferido alcunhas a suas cidades de maneira bem mais marcante e duradoura, mudando para sempre o seu destino.
Há também a questão dos sons guturais, que, por vezes, soam toscos, agressivos... Vejam como as palavras “estupro”, “aborto”, “tráfico” já são medonhas por sua própria natureza lingüística...
E eu tinha mesmo de falar dele, do grande gênio, do autor de
Sagarana... Vejam a seqüência de vogais “alegres”, otimistas, no título da obra-prima, uma de minhas preferidas... E ainda ele prova sua genialidade lingüística ao formar uma palavra por hibridismo: “saga”, nórdico, significando
histórias, e o sufixo tupi (!) “rana”, coletivo, designativo de abundância... Assim: Sagarana = “muitas histórias”.
E o que mais? Podem brigar por mim que assino embaixo: não existe a palavra
estória, nem esse lance de que história é uma narrativa original e estória uma narrativa fictícia. Nunca via tamanha sandice, e ainda tem professor que ensina isso em escolas!!...
Estória nada mais é que um arcaísmo, palavra que já perdeu seu uso há muitos séculos.
Podem procurar no dicionário: essa palavra não existe!
De novo tudo começou com ele, o Rosa, que primava pelo emprego de vocabulário arcaico em suas obras...
Então é isso, meus virtuosos e virtuais amigos.
Isso não foi uma aula, apenas uma pequena curiosidade que eu tive, momentaneamente, de compartilhar com vocês a grande aventura que é passear pela nossa língua portuguesa, desvendando alguns de seus saborosos “mistérios”...
E que fiquem todos confortavelmente bem.
Assim eu, Rufus, desejo...
Linhas Descalças...
Não havia prometido postar sobre um negócio interessante?
Posso deixar para mais tarde ou amanhã? Posso??
É que, por enquanto, quero deixar vocês com as linhas mágicas
dessa moça aqui, da qual sou fã declarado, vocês bem sabem...
Ela é ou não uma preciosidade??
Sei que vão gostar...
(Obs: em especial, realço o post de ontem, dia 16)
Recapitulando o final de semana:
Subida ao telhado dos vizinhos gentis para instalar uma antena com 3 pontos: dois para eles e um para mim. Claro que Rufus também foi gentil e bancou todo o material, até porque os vizinhos são um simpático casal de velhinhos, sem grandes recursos financeiros...
Depois, uma geral na máquina lava-louças, parada há dois anos. Instalação elétrica e limpeza pronta, ei-la de novo, funcionando como nunca...
Em seguida, um pequeno conserto naquele vazamento da pia, que já demandava um ajuste.
E ainda tempo para trocar os leds do display do som do quarto, às escuras há já um bom tempo...
Sem contar pequenos detalhes no carro, como troca de filtros de combustível e mangueiras.
Saldo do final de semana: dores nas costas, mãos e dedos feridos (um verdadeiro pecado para os músicos ou aspirantes...), mas Rufus satisfeito com sua eficiência e sua teimosia em querer fazer tudo sozinho...
Problemas em casa? Sinal da TV fraco? Ajustes no som ou vazamentos na pia?
Ei-lo aqui, Rufus, à sua mais completa disposição...
— E amanhã eu posto sobre um assunto muito, muito interessante...
Ou não??
Da contumaz arte poética rufusiana ou:
De como escrever sem ter assunto, ou, mesmo o tendo, não querer desejar escrever...
x – x – x
Quando pego um caderno para escrever, que se cuidem.
Depois, terão de ler o que escrevo agora...
x – x – x
Fantasmas não existem: nós é que os criamos: eles é que se revelam ao criador: nós é que nos assustamos com sua aparição: eles é que aparecem de forma misteriosa: e nós é que pensamos com as pernas!
x – x – x
O meu espanto não é maior que o seu,
quando diante do espelho me deparo.
Já viu um tatu, quando de cara cai do céu?
Pois bem, mais chocante do que ele, eu disparo!
x – x – x
Un poco sostenuto
un poco ralentando
un poco ritenuto
un poco inconformato
x – x – x
As linhas do caderno se desenrolam extensas, esperando alguém que escreva sobre elas. E são tantas, enfim, tão imensas, que nos perdemos ante a vista delas...
x – x – x
Espero muito do amanhã. Mas, enquanto ele não chega, fico muito impaciente...
x – x – x
Os temas estão gastos, as inspirações, poucas, a memória, fraca...
Mas minha vontade de escrever é cada vez mais forte.
x – x – x
Como a beleza é fundamental, e o fundamento essencial à beleza...!
x – x – x
E eu aqui, com uma paciência de relógio antigo, espero tranqüilamente pelo Tempo, que me dará mais corda...
x – x – x
Contente-se com a morte,
perdendo esta vida efêmera.
Na verdade, não se pode perder
o que se ganha por direito.
x – x – x
Meu vício reside em pensar que não tenho vícios.
E minha virtude, em saber que realmente os possuo.
x – x – x
Hoje é um dia ótimo para se falar de tudo o que existe de bom nesse mundo.
A começar pelo que não existe...
x – x – x
Hoje fui feliz por poucos instantes, e alegre o dia inteiro.
Porém, somente hoje.
x – x – x
Agosto, mês do estresse.
Tá, tá, eu sei, é uma data comercial, como todas as outras, mas mesmo ela me lembra o motivo de eu andar MUITO irritado ultimamente, estressado, por causa do gênio dessas pequenas coisinhas que eu chamo carinhosamente de “trouxinhas de carne”, eles mesmos, os filhos, os rebentos, a prole.
Pai pela primeira vez aos 32 anos... a segunda quase aos 35...
Tá, tá, eu também sei que meu aniversário foi ontem, mas não ligo muito para datas, acreditem.
Eu falei para vocês que era desindexado, desencanado — mas não desleixado... — e vocês mal me acreditaram.
No fundo, nada melhor do que um dia após outro...
E essa fotinha aí acima mostra o que senti quando peguei esta “trouxinha de carne” em meus braços tão logo ele saiu da barriga da mãe.
Talvez vocês, olhando essa mesma foto, sintam a mesma e indescritível ternura que eu senti no momento...
Lembro-me nitidamente da enfermeira dizendo: “ele saiu tão limpinho da barriga, sem nenhuma sujeirinha, é como se nem precisasse tomar banho”.
E hoje ele está com 6 anos, me dando muito trabalho com seu geninho difícil e teimoso de capricorniano, aliado a outra “custosa” e emotiva geminiana...
Ô, destino cruel, rssssssss.....
E por que estou escrevendo sobre paternidade, afinal?
Porque acho muito irônico o fato de eu, que sempre achei que nunca ia me casar, hoje ser responsável pela vida de dois pequenos que me estressam muito — e poder ainda constatar que a data de meu aniversário estará ligada atavicamente ao dia dos pais...
Afinal, agosto provou, para mim, não ser um mês tão agourento assim...
Bom final de semana para vocês.
O meu, infelizmente, já terá garantido a mesma e costumeira dosagem de estresse infantil... rsss....
Prometi voltar, e voltei.
E minha surpresa é desmesurada ao constatar o conteúdo das mensagens e dos recados que leio aqui, agora, após ficar incomunicável por mais de 15 dias.
Muitas expressões de admiração, e justo de gente que também muito admiro...
E poucos souberam — pudera, eu não avisei antes... — que este blog completou um ano em meados de junho, na mesma época em que conheci minha primeira e fiel leitora até hoje.
Ela mesma: Any...
(Não me esqueci de ti ou de teu aniversário, Any. Difícil, mesmo, é esquecer-me de ti... O meu aniversário também está bem próximo, você bem sabe: dia 05).
Agosto.
Mês fatídico, data fatídica.
Somente eu mesmo para nascer em data tão trágica — aniversário da morte de Marilyn Monroe e de Carmem Mirada. Sem contar que se trata da véspera do bombardeio de Hiroxima.
Ô, destino...
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Afinal, por que as pessoas acabam gostando de meus textos, se nem eu mesmo dou a devida atenção a eles, que são escritos desleixadamente, até?
Talvez porque uso este espaço para escrever não tanto sobre mim, mas sobre minhas toscas confabulações.
Não fiz esse espaço para aumentar meu narcisismo ou estimular algum tipo de exibicionismo. Acho os blogs exclusivamente pessoais sem graça, até — perdoem-me a sinceridade...
Temo, aliás, que ocorra comigo o que já ocorreu com tantos outros: a obra ficar maior que o autor.
Acho-me desinteressante demais, por isso creio que minhas palavras, meu mundo interior, acabam por completar meu perfil por ora apagado ...
E — modéstia à parte —, no campo da poesia, tenho guardado versos incrivelmente mágicos, magnéticos e de um vigor indômito, os quais pretendo dar à luz do mundo um dia, no seu devido momento.
Só tenho postado aqui os versos mais inofensivos, por sinal...
Pra que estragar a surpresa, então???
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Férias? Férias, para mim, são uma época para redescobrir alguns fantasmas ou enterrar outros de vez.
Família, famílias...
Descansei, cansei, curei-me, curei outros...
E se contar que tive de rodar 700 km para poder ir ao cinema, muitos vão rir de mim... Mas só assim consigo assistir a filmes na tela mágica...
E, na volta, num restaurante em Três Lagoas, encontrei Almir Sater almoçando ali, pertinho de mim. E ele é bem mais alto do que eu pensava, fiquem sabendo...
Ninguém o reconheceu, somente eu.
Tietagem?
Não eu, que, como todo bom paulista, educado e discreto, fiquei na minha. Mas que deu vontade de puxar conversa, ah, isso deu. Mas acho feio interromper o almoço dos outros, aquele lance de boca cheia e tudo, parentes por perto, etc.
E pensei com meus zíperes e botões: oras, uma colega daqui de
Large Field foi amiga de infância dele. Quem sabe ela não nos arranja uma boquinha um dia, para que possamos bater um papo?
Ah, então tá...
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E vou fazer agora algo que nunca fiz antes, mas que já deveria ter feito: responder aos recados dos meus queridos amigos virtuais:
Pri,
Encontros e Despedidas é uma velha canção amiga, de 1987, na voz do maior cantor do mundo, Milton Nascimento. Eu costumava cantá-la para meus alunos, pois é uma lição primorosa daquela figura de linguagem chamada antítese... E também tenho um carinho especial por ti e por teu espaço, não só pela qualidade dele, mas porque você é também uma de minhas primeiras e fiéis leitoras...
Lua, entender o outro por inteiro, sem metades, só acontece quando há uma total empatia entre ambos... Capto muito bem, sim, o que outra pessoa escreve, a ponto de quase adivinhar o que ela veste naquele momento, rssss... Fazer o quê? Ossos do ofício, justo eu, que convivo com letras desde que nasci...
Lili, seu coração é o de uma pessoa bonita, de um ser especial que está aqui para desanuviar a vida da gente... Sinto até o calor que brota de ti, de tuas doces palavras. Aliás, você se parece muito comigo, pois é só, apesar de tantos a sua volta... Sua presença nos é imprescindível, por isso você atrai tantos sem nem perceber...
Francezinha, meus pequenos estão bem sim, por enquanto...rssssss.... Criança sempre anda tendo uns “troços” de vez em quando, mas nem eles mesmos ligam muito, só a gente, os pais, que entram em parafuso nessas horas....
Thaís Jardim, sumida, seu blog, uns tempos atrás, não tinha mais espaço para comentários! Depois preciso ir lá conferir seus versos interessantes e certeiros, ok???
Carine, Sampa mora em meu peito, e me dá até uma dorzinha lembrar dela... Só não volto para lá, por enquanto, porque tenho obrigações para com dois serezinhos mágicos, e tenho medo de que a cidade deixe-os doentes da alma e do corpo... Porém, se estivesse só, jamais teria saído daí, nunca... Devo tudo de mim a Sampa... E nem preciso dizer que suas palavras carinhosas fazem meu dia se tornar ensolarado como a fotografia de um filme maravilhoso... Você nunca chove, você nunca troveja, apenas me enche de luz... Um doce beijo, moça...
Bia, e então, seu bebê já nasceu? Ou nascerá no dia 05? He he he.... Aguardo notícias!!…
Weiss, nunca tive problemas com notas na escola comum, sempre fui um aluno tranqüilo e discreto.... Mas na escola da vida sou um verdadeiro desastre… Aprendendo, sempre, incansavelmente, enquanto me derem mais e mais chances...
Aline, me dá até um troço bom e saudoso quando você me chama de “professor”. Não sei se sou, não sei se fui, não sei se vou continuar sendo um professor, mas ensaio uma eterna volta que nunca se realiza. Culpa do fato de mudar demais de cidades nesses últimos 4 anos... Mas vou me aquietar, e vou voltar a lecionar, pois a energia que está aqui aprisionada clama por sair... E sei que uma de minhas missões é ajudar aos outros por meio das palavras, da educação, da escrita... Já ajudei a muitos alunos, já fiz um entrar em Medicina em primeiro lugar (e ele me agradeceu muito por isso...), já emocionei a muitos em plena sala de aulas, já tive o privilégio de ver brotar aquele brilho no olhar do aluno que agora, finalmente, após tantos anos de fracasso, conseguiu entender o que era aquela matéria que tantos tentaram lhe ensinar e haviam falhado feio...
Vou me preparar para voltar. E vou voltar, porque Rufus sempre volta...
Como volto agora para este meu combalido espaço...
E mais não falo sobre vocês outros, amigos mágicos e distantes, porque este post está ficando incrivelmente grande...
Até daqui a pouco...