Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar.
No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.
This is my blogchalk:
Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.
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Charmoso
Corinthiano
Cosmopolita
Desindexado
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E alemão
E árabe
E espanhol
E francês
E latim
E russo
E tupi
(doido, eu?)
Intuitivo
Kardecista (mas vidrado em Teosofia)
Leonino
Meio adolescente
Meio aborrescente
Meio inteligente
Meio burro
Meio moleque
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Metido a músico
Metido a poeta
Metido a nada
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Original
Relativamente atraente
Romântico sim, e daí?
Sonhador e realista
Tímido desinibido
Tipo astrológico: mercuriano
Triste e engraçado
Vegetariano (só uns 94%, tá bom?)
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O Iluminado
O Fio da Navalha
Monty Python e o Cálice Sagrado
O Sentido da Vida (Monty Python)
(Qualquer bom filme francês ou italiano)
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Rufus: quase humano.
Ah, Fábio...
... dessa você não escapa...
Fico esperando você comentar algo aqui nesse blog e só o faz por e-mail? Pois agora muitos poderão constatar o quão poético é seu estilo...
Por falar nisso, quando é que vai criar seu próprio blog? Logo logo vai ter uma torcida organizada pedindo isso, creio eu, depois de lerem esse seu comentário (sem cometários...) abaixo...
Um abraço, amigo velho. E prometo para ontem a sua cópia, ok?
“Fala aí, seu Rufus, como vai a caminhada por esta vida tão longa? Aqui nos confins de Marechal Rondon o frio vai comendo pelas entranhas e congelando até os pensamentos.
Fiquei comovido com a mensagem no seu blog sobre a nossa cidade querida. Existe um certo vazio depois que fomos embora de lá. Foi tão marcante aquela fase da nossa vida que muitas vezes me pego recordando aqueles bons tempos. Não havia compromisso, os sonhos eram sonhos e sentidos como sonhos, tudo era muito mágico, muito verde e um lindo pôr-do-sol toda tarde para presentear nossas longas conversas. Era só conversa fiada, daquelas de não se perceber o tempo passar. Eu poderia ficar olhando imóvel aquela paisagem por uma vida quando ficava lá. Era uma verdadeira meditação. Era uma vida simples e "sem conflitos", como meu amigo costumava dizer. Sem conflitos, meu amigo Rufus. Dá para imaginar?
Você ficou me devendo aquele prefácio do livro 'O encontro Marcado' que foi escrito por Hélio Peregrino. Se puder me mande uma cópia.
Um abraço do amigo do pôr-do-sol."
Definitivamente,
... acho que o "crime" de mudar-se não compensa...
Quase uma semana fora do trabalho, mais uns "quase" mil quilômetros por estradas ruins e monótonas, chegar ao destino cansado, e ainda ter tempo de organizar as coisas de maneira apresada, entrando madrugada adentro. No outro dia, o caminhão chega, mais um longo dia aguardando que tudo seja embalado e organizado, mais metade de outro dia para que os apetrechos se acomodem no caminhão, e depois mais mil quilômetros de volta, dirigindo por estradas intermináveis...
Sorte que sou "meio" humano, por isso consigo retirar forças extras para suportar tanto desgaste físico...
Mas Rufus - ou o pouco que sobrou dele... - aqui está, de volta ao lar cibernético.
E mais não digo, pois estas rodovias ruins desse nosso Brasil acabaram por me inspirar a escrever alguns posts com o seguinte título: "Crônicas de viagens".
Rufus, testemunha do abandono a que estão relegadas nossas estradas...
É esperar para ver.
As lembranças, as imagens...
... as saudades de tempos que já se foram...
Nossa Idade do Ouro onde está, onde ficou, em que espaços existiu um dia?
Com certeza, muito dela pertence aos quadros de nossa infância, nossa adolescência.
Ambas, no meu caso, foram épocas felizes, malgrado as privações materiais e as dificuldades inerentes a elas...
Mas eu e você, amigo Fábio, na nossa tenra idade, plena de sonhos, planos e realizações, acabamos por vivenciar uma época de certa “pureza”, na qual amizades eram mesmo amizades, as horas corriam lentas, nosso amores platônicos por musas inacessíveis e ingratas eram quase rotina, e tínhamos imaginação suficiente para, com sua força, tirar o mundo de sua órbita rotineira e projetarmo-nos para fora daquele mundo pequeno, arquétipo de uma pequena cidade do interior de São Paulo...
Será que todos, na sua infância, também tiveram sua “Última Rua”? Aquela mesma, onde o bairro nobre acaba, e se abre uma imensidão de campos e pastagens, local idílico preferido para o espetáculo diário dos mágicos pores-de-sol? Imensidão de céu coalhado de pipas no inverno, e uma festa diária de bicicletas e multidões no verão? De dia, aprazível para passeios e brincadeiras, à noite, terra dos casaizainhos mais afoitos, mais frementes por uma certa intimidade?
E nós, nossos amigos, nossa geração, nós curtimos a Última Rua, do mesmo modo que o pessoal de Minas tinha seu Clube da Esquina e Renato Russo sua Turma da Colina...
Sim, nós, gente simples e sonhadora, nós tínhamos nossa Última Rua, a qual presenciou tantos de nossos risos, tantas de nossas lágrimas, tantos de nossos porres existenciais. Nossa pequena Meca, à qual todos acorriam ansiosos, mal chegados de suas viagens de estudos, e à qual todos tinham uma veneração quase inquestionável...
Pois eu escrevi um poeminha, Fábio, pensando nessa rua, e isso já faz muito tempo... Creio, Fábio, que você nunca leu as linhas que seguem, mas elas calarão fundo em sua memória.
E, para quem não teve sua Última Rua, porém soube aproveitar espaço semelhante ao longo de suas vidas, espero que os versos seguintes também caibam dolorosamente bem lá no fundo de vocês...
A ÚLTIMA RUA
A Última Rua é a primeira esperança.
A última esperança é a primeira rua
- a primeira rua da esperança
que, por sinal, é a última.
A última a se esquecer de mim,
a última a desabitar meu ser,
a última a fugir jamais de minha memória,
a primeira, e tão somente esta,
a me despertar saudades
- a última saudade da rua
que, lá longe, na cidade,
é a última.
A última para quem lá vai,
A primeira para quem de lá vem...
(É a reta final da liberdade,
a confidente dos garotos e garotas
que nela encontraram a liberdade
para seus espíritos apaixonados).
A última rua, e tão somente esta,
que a me falarem em rua das rimas,
rua da felicidade,
rua da saudade,
é a primeira que me vem à memória,
quando relembro que a cidade
foi quem me deixou para trás,
apenas por ter deixado-a
na sua paz...
Tenho pressa.
Mauro, seu relapso-com-preguiça-de-olhar-os arquivos, aqui segue o texto de que você gostou, mas não lembrava mais onde estava (publiquei no fim do ano passado...). A "resposta" a estas linhas está lá no meu outro blog, o Divagatorium - e você constatará que eu já não estava tão apressado assim...
Fraternal abraço.
"(Este texto é e estará sendo escrito em minutos).
Tenho pressa.
Tenho pressa em dizer, falar, ler, escrever, tenho pressa em mirar a rusga que se forma em tua testa quando me lês...
Tenho em mim todas as vontades todos os desejos todos os dilemas todos os defeitos de um ser humano completa e perfeitamente normal...
Anormal, isso?
Só sei que tenho pressa, muita pressa...
Não adianta represar-me: minhas barragens vivem por um fio. Rebentam-se, mal tomo da “fábrica de linhas”; rebentam e tonitroam por vales escuros em meio à claridade de um dia sem sol, mas pleno de luz.
Luz viva.
Eu, um semi-morto, amante das dores de cabeça matinais, recluso em salas burocráticas, eu, um ser que até mesmo agora poderia te dar um beijo anônimo e fremente, eu, no mais, tenho pressa.
Não é uma mera pressa de chegar ou partir — tão nossa conhecida dos portos e estações...
Tenho pressa, sim, de viver, porque vivo da pressa de não me atrasar frente ao meu destino: ele bate pontos intermináveis em meu prontuário...
Tenho pressa — não me culpem —, tenho palavras a dizer, tenho casas a morar, tenho filhos a fazer, tenho corpos a amar, tenho perdas a lastimar, tenho murros a dar e golpes a receber, tenho filmes queridos a assistir, tenho livros sisudos a ler, tenho, tenho muito, mas muito mesmo, a relaxar no fim de um longo dia...
E, assim, saibam, pois, que não devem ter tanta pressa de me conhecer, porque sou feito — minha vida toda é feita — do silêncio das pequenas coisas e das mais significativas sensações...
E estas, meus caros, não têm tempo ou limite, assim como não demandam muita pressa ou explicações..."
Novembro de 2003.
Falem a verdade:
Isso aqui chega a ser engraçado, de tão besta, não??
P.S.
Camila, você salvou meu dia. O que você escreveu era exatamente o que eu sentia até este exato minuto, mas dei um chute pra cima e ignorei a mim mesmo.
"P.S: Tinha escrito aqui algumas coisas que eu odeio, mas depois, pensei melhor e percebi que publicar coisas que eu odeio é uma das coisas que eu odeio."
Bichos de ontem e de hoje.
Nostromo (popularmente conhecido como “nego”) foi criado por mim desde bebê, com papinha da polenta dada diretamente em seu bico. Era um papagaio do tipo “maracanã” ou maritaca, ou seja: daqueles bem barulhentos. Sabia perfeitamente cantar, rir, dançar, gargalhar e até chorar. Adorava-me a ponto de ser difícil tirá-lo de meu ombro e pô-lo de volta na gaiola. Fazia-me cafunés com o bico a até andava de bicicleta comigo.
Se estiver vivo hoje, deve ter exatos 24 anos.
Já Babi era uma poodle número zero até que chique: pais franceses e americanos. Foi um presente dado a mim por algum amigo desnaturado que não gostava de cachorros.
Babi dormia aos meus pés, e não deixava que ninguém se aproximasse de meu quarto, inclusive minha mãe: puro ciúme. Quando eu saía ou viajava, ficava triste e acabrunhada a ponto de dar dó...
Essa também passeava comigo, não de bicicleta, porém de moto: eu a sentava no tanque de combustível e lá íamos nós pelas ruas da pequena cidade...
Se estiver viva hoje, deve ter aproximados 15 anos.
Pity, por sua vez, era uma gata siamesa ao mesmo tempo linda, charmosa e diferente: por seus pais serem irmãos, ela nasceu com um defeito congênito — não possuía rabo. E com as ancas mais altas e as pernas traseiras mais longas, ela mais parecia um coelho que um gato.
Fazia questão de dormir por entre minhas pernas, onde se aninhava sorrateiramente. E fazia uma coisa na qual ninguém acreditaria, se não houvesse testemunhas do fato: brincava de esconde-esconde comigo, como uma verdadeira criança.
Se estiver viva hoje, deve ter por volta de 8 anos.
“Nego” e Babi foram dados a algum estranho por meus familiares tão logo viajei ou me mudei de cidade. Eles nunca gostaram de bichos mesmo...
Já Pity sumiu numa noite de cio e, embora eu a tivesse medicado com hormônios para cortar seu “fogo”, assim mesmo ela se foi...
E ontem, para alegria de meus pequenos, eu adquiri um casal de adoráveis periquitos ingleses, de um belo e translúcido azul.
Que a sorte deles seja melhor que a de meus outros bichos, assim espero...