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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
quarta-feira, julho 13, 2005
Rufusianas...
Sem tempo ou disposição para postar, o jeito é repetir aqui um de meus primeiros posts - e lá se vão dois anos....
Sou ou não um caso perdido para as Letras???


- x - X - x - X - x - X - x - X - x - X - x - X - x - X - x - X - x - X- x - X -


Nessa mesma colina, em que me sento para tomar inspiração, vejo carros e caminhões que passam pela estrada. No entanto, o frêmito e o mistério da vida, que eu tanto quisera ver, por ali não passaram...
Nuvens varrendo o céu... O que me dizem? Do que me fico?
Nada.
Talvez a resposta a perguntas que nunca faço permaneçam atrás de mim, como uma sombra: é só virar-me e aquelas, furtivas, escapolem velozes.
Talvez se eu fosse gigante como uma formiga, ou pequeno como um dragão de fogo, tudo se explicaria, como a sensação deliciosa que advém do despertar de um sonho.
Um quase-humano... Por que respostas a perguntas que não te dizem respeito?

“Trair a Morte,
passar a perna na Vida,
denunciar a liberdade:
eis o plano”.

O silêncio tenebroso da noite faz os móveis estalarem como ossos... E meu relógio parou à meia-noite, mas minha vontade de escrever NÃO. Consinto à noite que chegue com suas estrelas, e me pego, e me sento, e me escrevo.

“Por que paraste, relógio,
se sou mais velho que você
e ainda não parei?”

E assim é meu pensamento agora, e sempre: um lago de águas cristalinas e puras, em que uma pedra perdida no espaço rompe seu sereno descanso...

(Enquanto isso, lá fora o vento enche de vvv as ruas da cidade...)

Penso, penso, penso...

“Mas por que pensar quando se pode voar? As aves me olham e eu posso sonhar. Por isso as aves pensam, enquanto eu, monotonamente, vôo...”

Uma indagação, finalmente, entre suores, trôpega me vem à mente:

“ Escuta, ó Homem, filho de Deus,
de gênero e espécie Homo sapiens,
da Família dos hominídeos,
da Superfamília hominóides,
da subordem dos Antropóides,
da ordem dos primatas:
por que catalogaste assim
teu semelhante?”

Respostas. Sempre e as mesmas respostas, para uma única pergunta...
Do que me fico, desta noite imiga e torturante?

Apenas a certeza de que tudo é incerto:

“Os anos mais difíceis de minha vida estão ainda por vir. Por enquanto, vieram-me apenas os menos fáceis...”

Vais partir agora, solidão.
Com ou sem você, quero apenas uma coisa:
viver só...

“Quero dormir, Luz.

Ascenda-se, Escuridão”.


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