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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Rufus: quase humano.
quinta-feira, setembro 16, 2004
PARA AQUELE QUE QUISER SER CHAMADO DE POETA

Primeiro,
sofra,
mas sofra muito,
para que tuas linhas fiquem,
e não se vão embora como
qualquer existência de um inseto vil,
inútil e asqueroso.

Depois,
sofra mais ainda,
e quanto to puderes;
até tua imaginação vacilar
– tal a dor, intensa – ,
e assim não puderes escrever
mais nada,
e nunca uma linha,
e sequer uma síplica,
e jamais um desejo
pelo impossível.

Só assim te chames de poeta,
e te vanglories por tudo
– ou por nada,
já que sofreste tanto,
que nem ao menos tuas linhas
podem compensar teus infortúnios,
e servir de pasto a algum leitor
fútil, banal, mesquinho e insensível.

Sim, pois se te ousam dizer
que linhas não são lágrimas,
mas apenas linhas,
então conforme-se, daqui por diante,
de que lágrimas não são lágrimas, mas apenas
linhas de um rosto que ninguém sabe ler
– e mande todos para o inferno.


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