Rufus: quase humano.
"A paciência e a teimosia passeiam de mãos dadas"
(De um antigo provérbio rufusiano)
Observo meu pequeno que praticamente aprendeu a escrever sozinho, ouço falar de pequenos gênios que dominam um instrumento musical antes mesmo de aprenderem a andar, e ainda me surpreendo com as facetas impressionantes do autodidatismo.
No fundo, eu, como autodidata assumido, posso garantir: teimosia.
É isso que move um autodidata: a mais pura teimosia.
Desafio, pressa em aprender, antes de tudo.
E todo autodidata tem esse
timing mais acelerado que a maioria das pessoas do nosso cotidiano. No meu caso é assim: ando rápido, falo rápido, escrevo rápido, dirijo rápido, penso irritantemente rápido demais, a ponto de perder a paciência com a “lerdeza” contumaz dos humanos que me rodeiam... rs...
Quando comecei a ler um livro sobre teoria musical, e, aos poucos, meio que na brincadeira, fui vendo aquelas linhas da pauta se decodificando diante de meus olhos, transformando-se em música cristalina como que por encanto, nem sequer tive tempo de me dar conta do feito realizado por mim: aprender a tocar violão clássico em poucos meses. Lembro-me apenas de que em seis meses já lia partituras fluentemente, e até hoje mantenho esse pique.
Em seguida, línguas estrangeiras. Percebi que tinha uma certa facilidade para aprendê-las, percebi que aqueles sons diferentes, aqueles grunhidos estranhos continham algo familiar... E lá veio a teimosia de novo: vou aprender algumas línguas, quer sejam humanas ou não... (e olha que já sei algumas palavras em Irdim, um idioma intergalático... Viu? Esse blog sempre lembra a vocês que não sou humano, mas ninguém acredita!!... rs...)
Portanto, acreditem agora, quando digo que não há nada de genial no autodidatismo! É pura teimosia, isso sim! Se mais pessoas pudessem ser o mestre de si mesmas, tal atitude seria a falência das instituições em geral... Já pensaram que revolução seria?
Sempre ouvi dizer que todo autodidata é um gênio, mas prefiro deixar essa classificação ao cargo de figuras maiores, como Andrès Segovia, Baden Powell, Millôr Fernandes, e tantos outros. Esses sim deixaram alguma vasta contribuição para a cultura humana.
No máximo, eu, Rufus, dei uma pequena contribuição a mim mesmo, vencendo algumas de minhas inúmeras limitações.
Próximo desafio? Que tal informática? E olhem que já ando me deliciando com esse tais códigos HTML... Uma prova é essa nova página aqui.
E só paro no dia em erguer minha própria casa, com minhas próprias mãos, do jeito que quero e mentalizo neste momento, desde o primeiro tijolo ao último detalhe na parede do corredor...
(Eu disse a vocês que eu era um teimoso, e vocês não acreditaram...)