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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
This is my blogchalk:
Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
sexta-feira, junho 25, 2004
RUFUSIANAS


Um caderno, uma bicicleta, uma cidade pequena, locais ermos, 15 ou 16 anos debaixo do braço, e o resultado, quase sempre, era isto:

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Não quero que minhas evasões interiores nasçam e morram comigo. Por isso eu as liberto agora.

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Nada me vem à memória no momento.
E tudo me foge à memória quando escrevo.
Aonde talvez foram parar?
Por favor, procurem nestas linhas que estão lendo agora...

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A tinta das canetas acaba. Os sorvetes deliciosos acabam. O tempo permitido acaba. O combustível das máquinas também acaba. Enfim, tudo, tudo, acaba. Porém são sempre renováveis...
Por falar nisso, a vida também acaba...

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A ignorância de muitos é a relutância de poucos

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A minha esperança é como o brilho de uma estrela a milhares de anos-luz da Terra: ela pode ter-se extinguido há muito, mas sua luz ainda continua vindo até nós...

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Quem tem mais cultura do que eu poderá responder a esta pergunta: por que há tanta diferença entre nós?

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Antes de tudo, creio que existi um dia.
Pode não ter sido o mais belo,
mas belo foi o último pôr-de-sol
que havia
– que havia um dia,
e, por não ser o mais belo de todos,
foi aquele em que mais vivi.

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Não há fatalidade, Amigo.
A fatalidade está justamente em saber que não há fatalidades.

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Tudo que tem um fim teve um começo,
e tudo que começou chegará a um fim;
e aquilo que vem, aquilo que vai, eu não o mereço,
pois eu começo, cresço e chego ao fim de mim.

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As estrelas hoje estão mais tristes, e seus brilhos apagados e mais fracos. E ninguém derrama uma lágrima por elas.

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Movido a esperança, numa velocidade moderada,
sigo incerto com tração em ambos os pés pela Trilha do Destino.
Mas quando a tração de minha imaginação é ativada,
saia da frente, incerteza em decidir meu caminho!

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Eu morro toda noite, eu nasço todo dia.
Eu sinto a fome do açoite, eu faço a rebeldia.
Eu escapo à morte, eu fujo à vida.
Eu dou azar à sorte, eu dou sorte à que estava perdida.
E depois de tudo, eu refaço a rebeldia,
eu renasço todo dia, eu remorro toda noite,
eu ressinto a fome do açoite.

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A lembrança é vaga, a confiança pouca,
e não creio no que eu possa fazer com ou sem minha grandeza.
Ontem, eu era pequeno como sempre;
hoje, sou grande como nunca.
E o peso da consciência esmaga minha incerteza.

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Há sempre alguém, em qualquer lugar, esperando por você, precisando de seu auxílio, sem que você saiba. E você sempre espera a ajuda dessa pessoa, sem que ela saiba também. E ambos esperam um pelo outro. O único problema é que não sabem porque o outro demora tanto a vir ao seu auxílio...

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Mas por que não pensar quando se pode voar?
As aves me olham e eu posso sonhar.
Por isso as aves pensam, e eu, monotonamente,
vôo..

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Epitáfio a um poeta desconhecido:

“Já cumpri a minha parte. É triste, mas tenho de ir.
Faço minha última apresentação antes da despedida,
pois tenho forças somente o suficiente para me aplaudir,
assim que eu terminar meu show da vida”.

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Deu certo mudar de ambiente e também mudar de vida. Destarte, ela nos faz parar para pensar em como mudamos assim tão bruscamente...

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Minha imaginação aposta corrida com os ponteiros do relógio, porém, no final, sempre saio ganhando, pois os ponteiros ultrapassam os quadrantes, ao passo que eu ultrapasso a mim mesmo.

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Na palma da mão, caminhos para o futuro, destinos traçados e retraçados, e trilhas passadas e presentes.
Quando ela se levanta autoritária, gerações inteiras param e contemplam-na estupefatos...
Quando ela se fecha, gerações e mais gerações morrem, nascem, vivem e se perpetuam. Nesse meio tempo, se preparam sem nem bem saber por que para algo.
Quando ela se abaixa, eles partem...

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Há muitas coisas ocultas debaixo de nossas camas: coisas sobrenaturais, naturais e subnaturais; simples fenômenos da natureza, enfim. Mas tanta coisa assim se resume apenas na solidão de um par de chinelos...

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Até quanto tempo nosso organismo sobrevive?
— até o ponto suficiente para encontramos uma resposta.

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Amo todos os dias. Amo tudo, amo todos, amo o que há de vir, amo o que já passou, amo o que se passa agora. No fim de tudo, chego a uma triste conclusão: como é duro amar a tudo isso sozinho!

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Quando menos espero, percebo que estou falando sozinho. Engraçado, parece que as pessoas ignoram que eu esteja ali. Ou talvez estejam surdas. Ou talvez fechem seus ouvidos a mim. Ou talvez não gostem de falar comigo. Ou talvez pensem que não estou ali. Ou talvez eu não esteja mesmo...

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Como envelhecemos rápido, como o tempo voa... Nem parece que aproveitei minha infância. A partir do momento em que podemos alcançar o topo de uma geladeira sem subir numa cadeira, percebemos o quanto amadurecemos e crescemos...

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Restam apenas poucas linhas para o fim. Entretanto, para o final do fim, restam incontáveis e infindas esperanças...

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(Rufus: irrequieto, perspicaz, inconformado, irritado, confuso, idealista, calmo, indignado, prestativo, impaciente. Enfim, quase humano, como vocês que me lêem...)


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