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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
segunda-feira, junho 28, 2004
Any e o Homem Invisível.
Eu sou um Homem Invisível.
Que todos vocês e o mundo saibam.
Levo uma vida anônima, interessantíssima, por isso posso fazer quase tudo sem ser notado.
Sou capaz de freqüentar qualquer ambiente ou local, passo despercebido aos olhares gélidos das pessoas.
Eu sou um homem invisível, fiquem todos sabendo.
Passeio à vontade por ruas abarrotadas ou desertas, atravesso a imensidão de corredores repletos de gente anônima e desinteressante, disputo o espaço de uma praça com outros rostos enfadonhos e igualmente tristes, e, mesmo assim, ninguém me vê, ninguém me nota, ninguém me toca, pois sou invisível.
Vantagens? Muitas.
Ninguém é capaz de julgar todo o meu caráter, pois não interesso a eles. Nem conhecem minha bagagem cultural, pois não lêem o que escrevo. Nem conferem o teor de minha voz, pois não me ouvem. Tampouco me acham belo ou feio, pois não me fitam...
Não estão interessados em mim...
A vida, efandonha, dura, estressante, cruel demais, já é capaz, por si só, de atrair o interesse de todas as outras pessoas.
E o que me resta então, a mim, o Homem Invisível?
Nada.
Nada me resta. E não estou interessado em mais nada...
Acostumei-me a minha invisibilidade, gosto do vagar e do vazio dos olhares, pois não me pedem vínculos, dependências, e não há obrigação de retribuir-lhes algo...
Contudo, apesar de ser um homem invisível — malgrado nunca ter-me visto, ou me tocado, ou conferido as linhas pueris de meu rosto já um pouco envelhecido, mesmo ouvindo minha voz ao telefone num relance —, Any se apaixonou por mim, e me amou, pelo que sou e pelo que tenho aqui guardado, longe dos olhos das pessoas.
Ela, sem nunca ter-me visto, sem nunca ter-me tocado, ela, a doce Any, sempre me amou.
Pelo que sou, pelo que continuo sendo, e pelo que eu sempre serei...


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