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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
terça-feira, abril 20, 2004
Coisas que a poucos importam...
Inquietação... de onde vens?
Um aperto de mão é igual a outro? Todos têm o mesmo calor, a igual frieza, ou o mesmo vigor, ou a indiferente aspereza?
Não. As mãos são humanas, mas os homens são mais.
Um sorriso, uma gota de chuva entre milhares de outras gotas, um grão disforme de areia, um diamante puro entre tantos brutos, são idênticos, contumazes?
Para aquele que não distingue um riso de um sorriso, um olhar de um acenar de olhos, uma brisa de uma lufa, um beijo de um ósculo, isso nada importa.
Para muitos, pouco importa, por exemplo, que eu toque violão clássico. Para milhares, pouco importa saber quem foi Johann Sebastian Bach ou Mario Castelnuovo-Tedesco; Manuel Ponce ou Sylvius Leopoldus Weiss.
No entanto, para mim, isso importa, e muito.
Por isso, quando ela perguntou-me “por que você vai experimentar outro violão? Esse é igual ao outro”, passei a questionar se ela tinha mesmo competência para ser uma atendente de loja de instrumentos musicais, porque a mais ingênua das crianças sabe que um violão NÃO é igual a outro.
Do mesmo modo que um abraço idêntico em pessoas diferentes pode ser tão carregado de sensações distintas, assim como uma brisa que sopra de manhã pode não trazer as mesmas lembranças que a brisa da tarde, tal qual nosso pé esquerdo estranha o direito, tanto quanto uma mãe atenta sabe diferenciar os filhos gêmeos a uma distância segura, uma violão NÃO é igual a outro.
Ainda que para muitos isso não importe, eu me importo...
E, já voltando para casa — sem nenhum violão, que nenhum me agradou —, tempestuei com meus botões a razão de tantos se sentirem infelizes num mundo de iguais...
Porque, no fundo, todos somos violões únicos, distintos, com suas afinações e matizes sonoros, seus timbres, seus defeitos e qualidades..
Porém, as pessoas à nossa volta teimam em continuar nos achando iguais...
Continuam não sabendo como nos “tocar”, como nos afinar com o mundo...
Por isso há tantos “músicos” ruins e medíocres vagando por esse planeta sofrido, enquanto os únicos gênios da Criação seguem anônimos e incompreendidos...
Mas saber disso, para muitos, pouco importa...


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