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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Rufus: quase humano.
quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Trastes de gente.
Bem, pouca gente aqui me conhece a fundo, mas saibam que sempre tive uma quedinha para psicologia... Na faculdade, tive aulas de psicologia aplicada à Educação... Foi bom. Acho que, no fundo, eu até daria um bom profissional da área, visto que tenho uma mania de perscrutar “os seres humanos” e as “coisas medonhas” que estes aprontam...
Um delas me indigna facilmente: machismo. Arrogância explícita.
Estou já me cansando de ler/ouvir/testemunhar/observar/constatar o quanto as mulheres de hoje andam penando nas mãos desses trastes de gente. E digo isso porque, na condição de pai amável e dedicado (ih, auto-rasgação de seda...), horrorizo-me com tantas coisas que tenho visto ultimamente, sabendo que as crianças envolvidas — se as há — são, de cara, as que mais sofrem.
Escolas? Cansei de ver mães solteiras com seus barrigões em prumo. O Pai? Se tiver algum e souber quem é, deve estar por aí, não se sabe onde, nem com quem. Aliás, geralmente estes não prestam para nada, a não ser fazer filhos e cair no mundo.
Noitadas? Olhem só a história que eu escutei ontem: o sujeito foi à boate, aqui em Goiânia mesmo, levou a noiva e não deu outra: um engraçadinho não só encarou a noiva do outro, como o ameaçou, dizendo toscamente: “Te cuida mermão, não tô nem aí, e olhe que eu tiro essa sua noivinha facinho facinho de você, vai encarar?”. O despeitado, ameaçando partir para cima do infeliz, ainda teve de recuar, quando viu o brilho de uma lâmina de estilete. Chamou o segurança? Chamou, mas adiantou alguma coisa? Todo mundo afinou. Resultado: o quase finado ex-noivo jurou que nunca mais irá a boates em Goiânia, ainda mais com a noiva (afinal, tanto lugar para ir, e ele aparece justo por lá, um terreno reconhecidamente “sem lei nem ordem”, se é que me entendem?)
Pelo país? Um amigo morou na região Norte, e ele simplesmente me disse que as mulheres de lá não são “gente” (palavras dele...). A cena mais vista por ele: mulheres humildes, com aquela trempa de filho atrás, carregando tralhas e mais tralhas nas mãos, na cabeça, onde mais coubesse, e o matuto ali logo à frente, tranqüilo, folgado, pitando um fumo, tomando uma caninha, papeando com os “mala”, sem nada para fazer...
Hospitais? Nunca me esqueço de quando meu pequeno nasceu. No mesmo dia em que ele deixou o hospital, vi legiões de pobres e jovens mães saindo com os seus filhos no meio do vento e da chuva, sem guarda-chuva algum, sozinhas, do mesmo modo como vieram ao mundo. Onde os homens que fizeram aquelas crianças? Onde os parentes dela, se é que elas tinham algum???
Família? Outra história de uma amiga, bom nível cultural, pós-graduada, hoje separada, uma filha. A pequena acordava de noite, às 3 da manhã, queimando de febre, a mãe chamava o protótipo de marido: “temos de levá-la a alguma farmácia ou hospital”. O bonitão: “ah, vai você. Me deixe dormir”. A coitada, então, tinha de sair com a menininha naquele frio noturno de Brasília, em busca de ajuda, porque o outro só queria dormir...
Alguma de vocês já foi abandonada pelo marido num hipermercado, em meio a uma discussão, cheia de compras e com duas crianças de colo, sem dinheiro nem para pegar um táxi? Minha irmã já, pelo traste humano de meu ex-cunhado, o qual, mesmo de longe, ainda trava uma guerra psicológica e cruel com a coitada.
E eu, você, todos nós sabemos que todas essas atitudes são muito comuns hoje, acontecem a todo momento e em todo lugar.
Se eu continuar a contar mais, vocês vão me ler até amanhã cedo...
Tem jeito tudo isso? Tem jeito o mundo com esses trastes de gente com que as mulheres tanto sonham em casar um dia?
Imaginem se eu iria deixar um único filho meu queimar de febre, ter uma síncope, uma parada cardíaca, uma crise grave de asma, sei lá, só porque estou preocupado em dormir... Nem se eu estivesse separado! Nem se eu morasse do outro lado do Atlântico! Nem se eu tivesse de amputar o braço direito! Uma criatura inocente foi colocada no mundo, pois cuide dele até morrer, se preciso!! Na hora de fazer foi bom, não foi? Pois agora ponha os pés no chão e assuma a realidade da vida.
Desculpem a aspereza das palavras de hoje, mas essa atitude do brasileiro típico (“o mulherengo bom de papo chegado a churrasco, pagode, futebol e mulher, muita mulher, que não tá nem aí para nada porque todas as mulheres, sem exceção, são vagabundas”) já anda me cansando muito...
E amanhã eu posto algo mais light, prometo...


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