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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
terça-feira, fevereiro 10, 2004
Outras terras, outros ares...


Ah, não tem jeito. Paulista é duro de se adaptar a outras terras, e ainda leva má fama de tudo que há de ruim no mundo.
Morei em Brasília por quase 3 anos, estou aqui em Goiânia há uns 6 meses.
Aqui em Goiânia o povo teima em chamar o limão cravo de ... china. Limão china.
E ai de você se falar que o seu limão é cravo: não é não. É china mesmo. Ponto final.
“Ei, trouxeram um biscoito aqui pro café! É um pitu!”.
Pitu? Como dizem os lusitanos, ora, ralhos, vamos a veire o que é issssto.
Bah: é apenas um mero biscoito de polvilho!! De onde tiraram essa de pitu??
Lá em Brasília, o pão francês é chamado de... pão de sal... Dá para acreditar? O pão francês transformado em chocho pão de sal — como se nenhum pão do mundo, o do café da manhã, pelo menos, não levasse sal...
Caldo de cana? Chegou perto: lá em SP chamamos de garapa.
Rapadura? Na-na-ni-na: tijolo baiano.
Comer lanche num quiosque, ou num trailer, ou numa barraquinha? Não senhor: em Goiânia é Pitdog.
Lembro que uma vez “apanhei” em Brasília para fazer a balconista de uma lanchonete descobrir que eu queria torresmo picadinho para meus pequenos acompanharem o “caldo de feijão” que pretendiam tomar. “Pururuca? Você não sabe o que é isso? E o que é então? Está escrito aqui no cardápio: peroá. É isso? Ah, sei... Fácil, não?”
Lanterneiro? Não senhor: funileiro. E o pior é que tanto um quanto outro me lembra a manearia como os gays são chamados em Portugal: paneleiros.
Funil, lanterna, panela, tudo a ver...
Outro dia levei o DVD novo para consertar (não comprem essa droga de Bluesky, já vou avisando... Minha tataratataratataravó já dizia: o barato sai caro):
— “Moço, eu acabei de tirar esse aparelho da loj...”
— Peraí, você não é daqui, não?
— Como descobriu?
— É que você disse “tirei da loja”...
Raios e trovões! Qual o pobrema na minha fala? Até hoje não entendi a do cara...
E lá em Brasília viviam perguntando a minha pequena família se nós éramos gaúchos, já que o povo lá tem a tendência histórico-cultural de ser mais amorenado, e parece não estar acostumado a ver gente mais “branca” ...
Pô, esse povo não conhece o Brasil, não? Desde quando tem branco exclusivamente no Sul do país???
E depois ainda vêm falar mal de paulista....
O jeito é rir, fazer o quê....


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