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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
sexta-feira, janeiro 23, 2004
"Batteries not included".


Rufus é assim: tem dias em que está inspiradíssimo, e, noutros, escreve despretensiosamente, sem muito medir as palavras...
Hoje estou assim, e vou falar sobre aquilo mesmo que vocês já está pensando agora, o assunto predileto em mais de 70% dos blogs de plantão: cinema.
Já li reportagens intermináveis sobre a maneira como traduzem títulos de filmes estrangeiros em português... O negócio é tão horrível e monstruoso que, às vezes, chega a dar nó no estômago.
Uma qualidade dos filmes europeus (e mesmo americanos, vá lá...) é a sutileza do título, algo que se perde completamente quando se traduz o mesmo para nosso idioma...
Para mim, isso é o nosso verdadeiro atestado de imbecilidade, saber que o título tem de ser adequado ao gosto do povo, tornar-se chamativo, explícito, absurdo, descontextualizado, para que o parvo brasileiro se “sinta cativado a assistir o filme”....
Assim não dá: por que não se informar sobre o filme, antes de assisti-lo? É necessário mesmo ter aquele título infeliz e chamativo, totalmente fora da realidade do próprio filme, às vezes?
Exemplos? Não faltam...
Vejam o Amnésia, por exemplo.
Logo no início do filme o protagonista diz: “não sofro de amnésia, pois lembro de tudo que aconteceu em detalhes até o dia do crime. Apenas esqueço os fatos recentes, que aconteceram há cerca de minutos...”
Tanto é assim que o título original é Memento, palavra latina que significa “lembrete”. Ou seja: ele escreve “lembretes” por todo o corpo, para que se lembre de fatos importantes assim que se olhar no espelho...
Nada a ver, não?
E O milagre que veio do espaço, então? Acho que esse ganha o prêmio do título mais infeliz....
Este clássico da Sessão da Tarde não surpreende nem uma criança de 3 anos, pois esta já adivinha tudo de antemão: vai haver um milagre na história, e ele surgirá do espaço... Ou seja: Vai ter ets na trama e uma situação difícil que eles vão resolver milagrosamente...
O título original? Batteries not included, uma frase sutil, com um significado todo especial, que um dos personagens — um ex-pugilista eremita e meio maluco — diz ao longo do filme. Detalhe: ele só se comunica por meio de frases tiradas de manuais, propagandas e slogans publicitários...
Quando vê aquele robozinho que “nasceu” sem vida, inerte, diz, lacônico: “Batteries not included”.
Ou seja: o título de um filme faz parte da trama, da história envolvente, e você só vai entender o mesmo se “entrar” dentro do enredo, e acompanhá-lo atentamente...
Às vezes, o título é uma palavra bem colocada, quase despercebida, que aparece em determinado contexto do filme.
Outro exemplo? Alguém sabe qual é o título original de um grande filme (refilmado por Spielberg), e um de meus preferidos, o Além da eternidade?
Sim, esse mesmo: Always.
E alguém sabe por quê?
Por que o personagem de Richard Dreiffus pergunta a sua amada Holly Hunter, em determinado momento do filme, até quando ela vai amá-lo, e ela responde: “always”.
Pronto. Pura mágica!
Nem filmes da minha listinha de “Os 10 mais" escapam, como é o caso de Breakfast of Champions, que, embora nada tenha de “louco”, ganhou a infeliz alcunha de À Beira da Loucura... Assim não dá...
Mas não fiquem se lamentando por serem brasileiros...
Dizem que Psicose, em Portugal, entrou nos circuitos com o pavoroso título O filho que era mãe.
Acreditem!!


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