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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
This is my blogchalk:
Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
quinta-feira, outubro 02, 2003
Palavra.
Como as palavras tocam e marcam, às vezes por toda uma vida...
A Net é meu mundo: sem pátrias, sem rostos, sem nomes, apenas nossa personalidade transparece em meio a nossas palavras.
Não há imagens em meu blog, porque as imagens, se é que as há, são meramente “acústicas” (louvada seja a Lingüística...)
Postei ontem um texto que provocou tantos comentários louváveis e amáveis, e nem preciso ver os rostos de vocês para senti-los tão perto de mim...
Concordo contigo, Vivi: estar desperto é uma responsabilidade que não se pode recusar.
Leo, você ainda vai escrever um livro de filosofia, rapaz: “mas não para fugir do mundo, e sim para poder manter-me nele até o fim, sem enlouquecer antes”.
Pri: de amores possíveis todos precisamos, realmente... E sua citação sobre a verdade me lembrou outra, que me surgiu à mente, um dia, translucidamente, como tudo que surge nela ao “acaso” (?): “A Verdade brilha como um sol, porém muitos se contentam com o brilho de uma lamparina”.
Any, minha doce Any, só tu o sabes, por isso Carmina Burana resiste e persiste como nossa música...
Não, Glauce: seu blog não se inclui nos que citei, você bem sabe disso... Cada pedacinho dele tem um pouco de sua personalidade, e, como ela é rica e radiante, nada há em ti de supérfluo... Lembrei-me até do Pessoa: “nada teu exagera ou exclui”.
Apesar das dores de amores que tanto me afligem – e a todos nós, também, claro... –, pelo menos resta-me minha Voz: a poesia.
Ela fala por mim, diz muito de mim, conta muito de mim, e jamais se afastará de mim...
Fiquem todos bem...

PÁGINA 381


Era natural que dois
olhos piscassem,
e no azul translúcido de um céu
qualquer
se fixassem.

Seria um tanto mais
o tanto presente
em um acalanto
de uma prece,
que a muitos rudes
aborrece.

Do que pude ver
esse céu e ouvir essa
prece, contentei-me
em ser basso e grasso
como gelo,
de uma ternura
perto ao fogo
que não se apaga
ou muito menos se vê.
Quereriam tantos
que um calor
desse meu canto que não
canto fosse o remoer
de todo pranto,
e mais feliz com que me quisesse,
e eu o ficaria.

Muito mais o ficaria.

Lá pois vão e vem
hordas e flagelos
do humano ataque
em ânsias avivados.
Quereriam pressentir
o amor, em matando,
ou amar aquele
que odeia, e mata?

Passam próximo do que
fiquei
em tênues páginas impressa
minha voz.
Se me vissem na sombra
de uma árvore
a avistá-los distante
no frescor enganoso
da vida humana
teriam me aprestado
o calor de tantas
perguntas?

Viriam a mim.
Ah sim viriam...
Sentariam ao meu redor
ainda fremindo com o
sabor do sangue que
querem derramar
e ouviriam de mim
a brisa que apaga
o ódio
e tira-lhes esse horrendo
gosto da boca ainda mais
horrenda.

Rejuvenesceriam de alma
a corpo,
de dentes a olhos,
e as janelas da alma
se abririam como
se abrem ao sol
as entranhas de
uma casa há muito
abandonada.

E a luz penetra-a
E a Luz penetra-os.
Ofusca-os a princípio,
cega-os e os afugenta,
porém cura-os
e os atrai.

Há mais luz

Haverá mais luzes!!

Em pleno dia
Em plena areia
Em pleno sol
Há mais luz.

E os olhos
e os sorrisos
abismados,
era natural
que me absorvessem?

SIM.

Era natural que dois
olhos piscassem
e no azul translúcido de um céu
qualquer
se fixassem...


(17.06.88)


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