Rufus: quase humano.
Já que o mineiro (de alma carioca) de Ponte Nova motivou um pequeno post, deu vontade de voltar a falar nele.
As pessoas lembram muito dele por causa de suas canções de maior apelo, como
Papel Marché ou o
Bêbado e a Equilibrista. Claro que são lindas, clássicas, mas há outras dele que me fizeram seu fã por toda vida.
Viena fica na 28 de Setembro, por exemplo, é simplesmente maravilhosa, daquelas que dão até inveja de não ter composto...
Claro que quase todas as músicas a que vou me referir daqui pra frente constam da parceria com o Aldir Blanc, um dos maiores letristas brasileiros, ao lado do Chico Buarque.
Tem mais:
Tiro de Misericórdia, outra fantástica, um mini-epopéia difícil de cantar e tocar. Aliás, é uma das que mais gosto de interpretar: “
Grampearam o menino do corpo fechado
e barbarizaram com mais de cem tiros.
Treze anos de vida sem misericórdia
e a misericórdia no último tiro.
Morreu como um cachorro e gritou feito um porco
depois de pular igual a macaco...”
Quando o amor acontece dispensa comentários... Acho que é uma parceria com o Abel Silva, se não me engano. E a marca indiscutível do João transparece logo no refrão: “Iu-gá balulô aiú zi... Iu-gá balulô...”
Tem mais, muito mais.
Desenho de giz é, a meu ver, uma das melhores músicas do João, e uma das mais românticas.
Latin Lover traz uma das metáforas mais belas que conheço:
“E os beijos, cometas percorrendo o céu da boca...”
A nível de ... eu canto e toco com um prazer indescritível...
E os versos dessa canção, tão pouco conhecida?:
“Eu gosto quando amanhece,
porque parece que está anoitecendo.
E gosto quando anoitece que só vendo,
porque penso que amanhece... (...)
Todo boêmio é feliz porque,
quanto mais triste, mais se ilude. (...)
Pra mim tanto faz se é noite ou se é dia...
Pra mim tanto faz se é noite ou se é dia...”
Memória da pele,
Corsário,
Bala com bala,
Bodas de Prata,
Coisa Feita,
Dois pra lá — dois pra cá,
Incompatibilidade de Gênios,
Cabaré,
Caça à Raposa... Ih, gente, pára com isso.
Me arrumem já uma cervejinha gelada, um banquinho e um violão... Vamos nessa? Vamos varar a noite cantando e celebrando a vida que tanto pulsa nas músicas do João???