Rufus: quase humano.
Well... Claro que adoro e vivo música, a ponto de ser capaz de falar sobre isso por horas a fio.
Mas já sou suspeito num ponto: pelo fato de também ser músico (ainda que amador...), nossa percepção aumenta, pois a maneira como vemos música é mais profunda do que a do simples ouvinte. Sim, a sensibilidade é a mesma para todos, mas a gente sempre estraga: quando ouço um som, eu simples e literalmente “entro” dentro dele, entendo sua estrutura, sinto seu ritmo, fluência, pulsação, descubro escalas, interpenetro e repenetro cada som e ruído. O resultado é uma viagem, claro...
Agora, ao contrário, produzir, tocar uma peça musical, garanto que é uma experiência única. Quando, por exemplo, eu toco as 3 sonatas e as 3 partiras para violino do J.S.Bach, garanto que sou transportado a regiões inexploráveis da mente humana. As peças, eu as toco no violão, mas o resultado é o mesmo: uma viagem sonora por sons únicos, maravilhosos, um aguçar da sensibilidade quase impossível de se descrever.
Bach foi e sempre será meu ídolo. Aprendi a ler partituras sozinho, graças a ele, e graças às referidas peças. Temos ali fugas, adágios, sarabandes, gigas, andantes, prestos, bourrés, prelúdios, todo tipo de composição antiga, e a mais que famosa e idolatrada
Chacona, uma peça de uns 12 minutos de duração, mas tão densa que já foi considerada uma das melhores e mais profundas composições de Bach.
Bem, não dá só pra falar: eu adoraria que vocês me ouvissem tocando, um dia...
E por que não? Se eu puder gravar e souber disponibilizar aqui no site, garanto que vou presentear vocês com uma bela viagem sonora, principalmente para quem curte e gosta de música erudita.
O quê? Rock? Jazz? Bem, isso fica para outro post...