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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
segunda-feira, setembro 08, 2003
13.05.87
Não precisas ouvir-me,
se não o quiseres.
Nem precisas ver-me,
se to doeres.
Apenas quero que te recordes
de mim, e de mim
te lembres...

... Daquele que cavou tuas
feridas,
e logo mesmo as
cicatrizou.
Ou daquele outro que
te jurou mundos e terras,
e mostrou-te só pó, e mais
nada te mostrou.

Passado o tempo,
passei por ele,
e de nada mudou
o nada de meu
ser.
Continuo sendo
um alguém sem
alguém, sem jamais
poder ter, ou pensar
em alguém.
Continuo suplicando
por lágrimas
que jamais
brotam de
meus olhos,
e jamais
sulcam minhas
faces, porque
sou, por dentro
e por fora, o
presente.

Passado o tempo,
passei com ele,
e jamais, assim,
continuo a sê-lo.
Vim por vários
caminhos,
por vários vou
e continuo,
e não me fica
sequer sinal
de minha
dorida solitude.
Antes não
ter-me nascido,
a não sentir-me
chão, como
um cão,
e recato,
como um regato.
– Pois nele me
assistem, sorriem,
e atiram pedras,
para vê-las submergir e
morrer...

Passado o tempo,
passei além dele,
e não ouso
assistir a meu
fim e a meu
começo, pois
mal sustento
o pensamento
doloroso que
é pensar em
ti, em não
pensando-me, e ceifar dores
por teu desprezo,
em não te vendo,
porque não o mereces.

Passado o tempo,
passei sem ele,
afinal,
porque continuo
homem como um
homem,
e se
existi, existi
apenas porque
as lágrimas
não existem
sem os olhos,
e os olhos
não existem,
apenas, que
longe delas...


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