Rufus: quase humano.
Pois é. A minha cara amiga
Any disse que muitos começaram a visitar meu blog, devido à admiração mútua que temos pelo site um do outro. Acho isso ótimo, e saibam que, nem que apenas duas ou três pessoas leiam minha HP, pelo menos gostaria de poder brindar esse fiéis leitores com textos próprios e originais.
Esta era (é) a idéia original de meu blog: divulgar textos literários, para quem realmente gosta de poesia. Sim, a arte ainda vive! Talvez por isso meu blog não tenha imagens até hoje– embora eu tenha tentado, sem sucesso, postar algumas...
Poemas? Toneladas e mais toneladas. Alguns com 3 ou 10 linhas, outros com até 20 páginas. Não sei se devo cansar a paciência de vcs com tanta coisa, mas o certo é que pretendo publicá-los, sim, em forma de livro, e em breve.
Portanto, entrem e fiquem à vontade. Tenho algumas
cositas mas lá nos arquivos, ok?
A febre voltou,
a febre voltou-me...
Ardendo a fronte,
ponho-me a escrever,
frenético, incontido,
turvo e doente.
Até onde alcanço?
Até onde garantem minhas forças?
Minha linhas até
fundem mais no papel,
porque também estão aquecidas
pela febre.
Devaneios, delírios,
carrosséis de vertigens,
desfaleço e caio,
levanto-me e tombo,
enxugo a fronte
e prossigo.
Febre, febre...
Noites sem sono,
fronhas molhadas,
calores incontidos,
lapsos de tempo...
... aproveito e escrevo.
Agora fecho os olhos,
que me ardem,
e abro-os com violência,
a me parecerem saltar das órbitas.
Que saltem!
Mas que antes eu consiga
visualizar mais duas ou três linhas,
exórdio de minha noite
febril
e incurável...