Rufus: quase humano.
Assistindo ontem ao filme
Demolidor, com a não menos interessante
Jennifer Garner, não pude deixar de me lembrar da Rose, atriz formada pela Escola de Arte Dramática da USP, uma colega de faculdade que nunca mais vi nestes últimos 13 anos. Em 2001, encontrei seu telefone na Net, e foi emocionante podermos nos falar após tanto tempo.
Em 1990, ela havia me convidado para participar, como músico, da montagem da fantástica peça teatral
Na carreira do Divino. Para quem não sabe, o próprio autor dela, Carlos Alberto Sofredini, escreveu os diálogos do maravilhoso filme
A Marvada Carne, que foi inspirado em sua peça. Até alguns personagens são os mesmos: na peça, Rose interpretava Mariquinha, a filha do retirante que só pensava em se casar. Para quem se lembra de uma das cenas mais hilárias do filme, em que Mariquinha conversa com uma imagem de Santo Antônio, chantageando-o para que ele lhe arrume um marido, saiba que a minha amiga Rose, na peça, teve uma interpretação 15 vezes melhor que a mesma personagem vivida por Fernanda Torres no filme. Outro dia eu conto melhor a história da montagem dessa peça...
Pois bem. Rose disse-me que trabalhava atualmente num famoso estúdio de dublagem, mas não me disse quais personagens dublava.
E não é que
Jennifer Garner, no seriado
Alias, tem a mesma voz da Rose? Tenho certeza de que a danada dubla a voz daquela atriz! Sabem por quê? Porque, para quem ainda não sabe, a memória sonora é uma das características mais fantásticas do ser humano. Quando a gente se lembra de alguém, além dos traços físicos, claro, vêem-nos imediatamente à memória os trejeitos da voz, seu tom, o seu estilo, únicos, por sinal...
Rose ainda me paga: assim que eu a reencontrar, mesmo que por telefone, vai ter de explicar direitinho essa história da
Alias...