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Reflexões vazias (ou cheias...) que até podem levar a algum lugar. No fundo, apenas quero saber bem mais que meus 40 e poucos anos.

Rufus/Male/. Lives in Brazil/Goiânia/, speaks Portuguese and French. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection. And likes Music/More Music.
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Brazil, Goiânia, Portuguese, Spanish, French, Rufus, Male, Music, More Music.

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Rufus: quase humano.
quarta-feira, julho 23, 2003
Ficar em casa.
Gostaria muito que vocês lessem o texto Ficar em casa, do Drummond. Tal atitude, por sinal, combina muito bem com esse famoso clima frio e seco de Brasília.
Mas que tanto há para se fazer em casa, afinal?
Países europeus têm fama de possuir uma população culta, educada, que ama o saber, pois o frio faz com que as pessoas procurem o aconchego, a solidão, o conforto, os ambientes calmos e que transpiram cultura. Não é por essas e outra que inventaram nosso festival de inverno de Campos do Jordão?
Quando se tem, no meu caso, um som de 6.000 W, vídeo estéreo, DVD, uma TV de 33 polegadas, centenas e centenas de cds e livros, toneladas de fitas K7 e LPs antigos e saudosos, milhares de partituras e inspiração para passar horas escrevendo, tocando violão e tomando chá, há muito, realmente, o que se fazer em casa... E olhem que nem toquei no assunto Internet, mas essa “diversão” nem conta, pois aí seria covardia. Meu PC, inclusive, está pifado – ufa...
Mas olhem o que o frio pode fazer com a gente, ao nos obrigar, praticamente, a ficar em casa:

 nossas finanças se equilibram (menos saídas, menos gastos);
 mais pessoas em suas casas, menos riscos à sua segurança nas ruas;
 as taxas de crimes violentos cairiam incrivelmente;
 bares e lanchonetes ficariam mais vazios (tem coisa mais deprimente do que ver um barzinho vazio em pleno sábado à noite?)
 maior risco de desemprego para garçons, atendentes e balconistas.
 lucro astronômico para locadoras de vídeo e TVs por assinatura.
 idem para pizzarias e lanchonetes que fazem tele-entrega.
 tendência a nos tornarmos mais cultos, mais inteligentes e mais chatos, já que passamos a ler mais para ocupar o tempo.
 mais tempo para nós, para os amigos próximos, para a família (para quem tem alguém, então, namorar mais é uma boa e indiscutível opção...)

Agora, os inconvenientes:

 risco de passar metade de sua vida dentro de casa (“passar pela vida mas não viver”, como dizia o Poeta)
 riscos (muito grandes) de nascerem mais bebês.
 estímulo à preguiça, à gula e à embriaguez solitária.
 risco (sério) de aumento daquela barriguinha que parece um charme mas que, na verdade, não passa de vergonhosos quilinhos a mais devidos, com certeza, aos abusos perpetrados no item anterior;
 aumento de nossa TDM (Taxa Diária de Misantropia – para que o ser humano, afinal?... rs...)
 sério risco de passar a sofrer de SDFDL (Síndrome de Domingão do Faustão e de Domingo Legal);
 risco de aumento astronômico da taxa de encheção-de-saco-de-tanto-ficar-em-casa;
 risco de aumento da perda de paciência com o vizinho barulhento;
 aumento de impulsos suicidas ou homicidas, proporcionais ao tempo que se passa em casa e frente à programação das TVs abertas;
 risco gravíssimo de seu Q.I. baixar quatro pontos por hora, diretamente proporcionais ao tempo que se passa em frente à programação das TVs do item anterior;
 aumento acelerado da vontade de sair, gastar horrores, paquerar a primeira mocréia (ou anso) que aparecer, sair gritando pelas ruas e ser tomado por louco – todos efeitos colaterais relacionados ao período de extrema reclusão forçada...

Mais adendos a esta listas serão aceitos de bom grado.

Um bom “ficar em casa” para vocês...


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