Rufus: quase humano.
Considero o Rush a "música clássica" do rock. Claro que apenas pessoas verdadeiramente aficcionadas por música de boa qualidade (ou seja: músicos em geral) conhecem o som desse - talvez - melhor power trio da história do rock.
Quando ouço "Losing it" (do CD Signals, 1981), não há como deixar escapar uma pontinha de inveja. Eles trabalham e música em pelo menos 4 ritmos diferentes, e bem complexos! Começam com 5/8, derivam para 4/4, voltam para 5/8, depois finalizam em 5/8 e 6/8 alternados, o que dá um efeito mágico de um ritmo composto dividido a cada 11 compassos! Mágica pura. Quase impossível de ser tocado ou dançado... Por isso quase não se houve falar em Rush cover: ninguém conseguiu ainda chegar perto da maestria deles...
Além disso, eles tocam brincando entre si, como bons amigos - que são, de fato...
Quando dedilho meu violão, sinto a mesma energia fluindo: o que compomos "brincando" (ou scherzando, à la italiana) soa sempre mais original, mais experimental, mais criativo.
Sim, um dia o mundo conhecerá meu som, feito de mágica, muita musicalidade e "sensibilidade técnica".
Radiohead está com seus dias contados!!